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Arquitetos: FAAB Architektura; FAAB Architektura
- Área: 260 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Bartłomiej Senkowski
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Fabricantes: Sempergreen
Descrição enviada pela equipe de projeto. O jardim vertical, cobrindo as fachadas frontal e lateral, é uma ferramenta que permite integrar o edifício em seu contexto verde. A Sede da Fundação para Ciência Polonesa (FCP) se tornou um elemento na paisagem em um senso bastante comum. A fachada verde do edifício mescla as fronteiras entre a arquitetura e a natureza.
A arquitetura do edifício é criada pela colisão de texturas. O jardim vertical, suavizando as arestas do edifício, é contrastado com a suavidade das fachadas que possuem acabamento com painéis de concreto em cinza claro. A parede verde, naturalmente tridimensional, enriquece estas fachadas com sua profundidade; esse efeito está constantemente mudando com o tempo. Devido à vegetação natural e os ciclos do ano, esta fachada do edifício também está em constante transformação.
O jardim vertical, levando em conta sua localização geográfica, é tratado como experimental. Durante o desenvolvimento deste jardim e o curso de sua exploração, a biodiversidade da parede pode mudar devido às sementes trazidas por aves ou pelo vento. O ideal da vegetação projetada deve ser alcançado em 2016.
Função
Uma habitação multifamiliar existente foi convertida em um edifício de escritórios para abrigar a nova sede da Fundação para a Ciência Polonesa. A Sede consiste num pavimento subterrâneo e quatro pavimentos acima do solo. O estacionamento, salas técnicas e arquivos foram instalados no subsolo, enquanto que o térreo é composto de área de recepção, salas de conferência, espaços multifuncionais e escritórios.
Histórico
O edifício está localizado em Wierzbno, uma parte do distrito de Mokotów, um dos bairros centrais de Varsóvia. O distrito foi convertido de área rural para cidade em meados dos anos 1930. Se destaca entre vilas residenciais em meio ao verde. Originalmente construído como uma casa em 1933, sofreu muitos danos por bombardeamento aéreo durante a Segunda Grande Guerra. Devido a este bombeamento, perdeu quase toda sua fachada frontal, além da cobertura. O que permaneceu foi destruído por um incêndio. Depois da guerra, devido à sua condição dilapidada, o edifício foi condenado à demolição. No entanto, devido à destruição significativa da cidade (72% dos edifícios residenciais foram demolidos por causa da guerra) a decisão de demolição foi revogada e o edifício restaurado. As obras de restauração ocorreram sem grande especificação técnica devido à falta de disponibilidade de materiais de qualidade. A aparência original do edifício não foi restaurada.
Preservação
O edifício está sob proteção da Agência de Preservação de Varsóvia, no que diz respeito ao seu volume e a disposição das janelas na fachada. Os termos das condições de construção emitido pela prefeitura não permitiu o aumento da metragem do edifício. Essas mesmas condições também ditaram a coordenação das novas soluções de projeto dentro do caráter existente do edifício, especialmente em relação ao ritmo e simetria das fachadas.
Avaliação Estrutural
„...paredes rachadas podem cair com o próprio peso.” “...a fachada frontal do edifício foi destruída por bombardeamento aéreo, e o resto do edifício, cobertura e segundo pavimento, destruído por um incêndio ”.Inspetor J.Maliszewski, 17.08.1945, em relação à atual Sede da FCP em 20/22 Rua Krasickiego.
A estrutura do edifício exigiu um extensivo escopo de estabilização e reforço que incluíam as fundações, coberturas e paredes portantes. Todas as reformas externas nas paredes que foram restauradas logo após as Segunda Guerra tinham de ser removidas. Todas as esquinas do edifício foram reforçadas a partir do exterior, além de outros elementos que também precisaram ser reforçados com elementos metálicos.
Relação com a Cidade
A remoção da cerca original do quintal frontal do edifício ajudou a ampliar o espaço público da rua e incorporar o jardim dos fundos com o entorno. O edifício da FCP é o único exemplo ao longo dos 900 m da rua Krasickiego de um terreno que não está separado com uma barreira física do tecido urbano da cidade. A perfuração através do térreo, começando pela entrada principal e finalizando com o jardim dos fundos, estabelece uma conexão visual adicional entre a rua e o jardins.
Energia
O edifício está equipado com dispositivos que possuem baixo consumo energético. Os sistemas elétricos foram enriquecidos com elementos que administram a energia elétrica em tempo real. Essas soluções diminuíram a demanda energética do edifício e seu impacto na rede municipal de maneira substancial.
Identidade Pró-Ecologia
A parede verde é um dos elementos que cria a identidade pró-ecologia do edifício: ajuda a melhorar o equilíbrio energético e cria um microclima benéfico dentro do edifício. O jardim vertical, aplicado nas fachadas laterais e frontal, confere à estas 260 m² de superfície verde. Este jardim é o único de seu tipo na Polônia e nesta parte da Europa.
Nesta parede vegetalizada há 20 espécies de plantas diferentes, algumas delas destinadas a criar um pano de fundo verde durante o ano todo, enquanto que outras irão florescer nas estações mais quentes. As plantas com as frutas vermelhas decorativas irão acrescentar um toque de cor também nas estações mais frias. Uma vez que a localização das plantas foi consultada com os arquitetos, a manifestação de um padrão geométrico deve se revelar no final do terceiro ano do ciclo de vegetação, por volta de setembro 2016.
As plantas recebem água e os nutrientes necessários através de um sistema de irrigação equipada com uma série de sensores localizados na superfície dos painéis. Baseado na informação coletada, a parede é automaticamente irrigada e fertilizada. Esse processo é controlado em tempo real e pode ser monitorado on-line.
Uma única esteira - feita de uma estrutura de material similar à lã de rocha - é a base dos módulos da parede verde. Neste caso, esse material atua como o solo suplementar, responsável por fornecer às plantas o suporte necessário. Além disto, protege as raízes das plantas da exposição às condições do tempo, que é essencial para esta região climática na qual esta parede verde foi instalada. Os módulos são leves e acoplados na estrutura metálica que faz a manutenção do sistema de jardim vertical uma tarefa relativamente fácil. As plantas estão instaladas em pequenos bolsos especialmente projetados, o que ajuda na sua eventual substituição.
Os módulos da parede verde tiveram de ser montados com precisão para alcançar o padrão holístico desejado. Cada um dos módulos foi marcado com sua exata posição de sua localização na parede.
A subestrutura também precisava ser construída com atenção especial. Principalmente a inclinação da parede necessária para garantir que o fluxo adequado de água fosse mantido. Um desvio muito grande poderia deixar algumas plantas totalmente sem água, enquanto outras receberiam água em excesso.
O jardim vertical, levando em conta sua localização geográfica, é tratado como experimental. Durante o desenvolvimento deste jardim e o curso de sua exploração, a biodiversidade da parede pode mudar devido às sementes trazidas por aves ou pelo vento. O ideal da vegetação projetada deve ser alcançado em 2016.
Gestão de Águas da Chuva
A superfície biologicamente ativa, que propicia a retenção da água da chuva cobre quase 67% do terreno. Aliado ao jardim vertical, a área verde cobre 82% da superfície total do terreno. A água da chuva coletada na cobertura e nos pisos é direcionada em um tanque de retenção subterrâneo, e é utilizada na irrigação da fachada verde. Esta solução ajuda a reduzir drasticamente a quantidade de águas cinzas despejadas na rede municipal.